Valva Aórtica Unicúspide ou Unicomissural
A valva aórtica, composta comumente por três válvulas, por alteração anatômica congênita, pode variar o seu número de válvulas. Há ocorrências de três, duas ou, mais raro, a valva unicúspide (univalvar) ou unicomissural.
Esta última, descrita como tendo uma única cúspide, resulta da ausência de duas das três comissuras. Mais comumente, a comissura patente é entre a válvula não coronariana e a coronariana esquerda, resultando em uma válvula com abertura mais excêntrica, em forma de lágrima (fenda).
A ausência das três comissuras resulta em atresia aórtica.
Geralmente, apresenta-se como estenose aórtica, incompetência ou uma combinação de ambas.
Outros distúrbios congênitos podem acompanhar este fenômeno.
Dilatação aórtica e hipertrofia ventricular esquerda são complicações frequentes.
A faixa etária típica da apresentação clínica é da terceira à sexta década. Em relação à valva aórtica trivalvulada, tem início mais precoce e maior taxa de progressão para estenose aórtica significativa.
Os sintomas mais comuns são: dispneia, precordialgia, tontura e síncope.
O reparo da valva aórtica, incluindo a bicuspidização, pode ser realizado com baixo risco e excelente resultado operatório.
Deve-se ter atenção para o uso de profilaxia antibiótica quando o paciente portador da anomalia for submetido à cirurgia em local séptico (boca, trato urinário e gastrointestinal).
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